. historinhas pra ninar
O seu lugar é aonde você se sente bem. Disse, como quem bota um ponto final numa conversa/prenúncio de arenga. O outro (sob a lei do menor esforço) concordou na hora. Pediram mais uma cerveja, a conta, deram mais uma sondada nas moças do bar e, em silêncio, seguiram de cabeça a baixo pela Joaquim Eugênio. Era fria a noite. Desnecessariamente fria.
Em casa, sozinho, pensou nas histórias da sua vida, tentou saber --em vão-- quantas histórias a gente inventa para si no curso de uma vida. Gostava de questionamentos e conversas compridas, desses que dão dor de cabeça só de começar a pensar. Era uma ginástica cerebral. Depois, já exausto, ia para cama dormir.
Histórias, dessas quotidianas e cheias de normalidade. Tantas e tão usadas que nem sabia distinguir as suas das tomadas emprestadas. Tinha se convencido de todas elas e tudo agora parecia mais bastidor que palco, mais cenário que paisagem, mais pagode que bossa nova.
Conseguiria acompanhar essa história até o fim? A ver.
Inventado por: Henrique Neto às 13:36 | Link |
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