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20041128



Jardim da Penha


Não era mais o mesmo. Se deu conta disso enquanto caminhava pelas ruas de labirintos do Jardim da Penha. A noite estava gostosa em Vitória, não pediu um táxi e aproveitou para caminhar. Sonda-se que a dor viaja junto com a gente.

É uma hipótese ainda. Investigará mais detalhadamente na semana que vem.

Não planejava seu futuro. Tinha uma namorada a quem amava, um trabalho que suportava, uma bicicleta fiel e alguns amigos bons. Vida normal, meu senhor. No começo não suportava a ilha. Toda sexta era ponte-aérea, churrascos na casa de amigos e uma vontade da porra de não viver àquela cidade. Depois, como quem se aclimata, deixou de lado as comparações, o pernosticismo e presunção – velha companheira.

O apartamento era do tamanho ideal. Na sala um sofá redondo apenas, paredes alvas e nuas como meninas em flor. Tinha o verde da janela, tinha pássaros matinais, tinha rede preguiçosa e uma questão na cabeça. Onde estaria no ano seguinte? Heim? Sabia que ali estava uma pausa na sua vida. Uma vírgula, na verdade. Analisou a si.

Tinha uma música no ar. Tinha uma luz magistral, um frescor e a casa, hoje afirma com certeza: "– flutuava!". O cheiro do mar, o cheiro das ervas, o som das crianças brincando no pátio e algumas poucas certezas. O ordenado no fim do mês, a gratidão dela, os beijos molhados e a total ausência da solidão. "– Tv para quê?".




Inventado por: Henrique Neto às 13:43 | Link |

20041125



Das viagens redentoras e outras abstrações

Exercícios mentais pela manhã, palavras-cruzadas, ônibus lotado e vida alheia. Amenidades, dirá - se questionada. O fato é que ela estava decidida e foi embora para a Ucrânia, onde ninguém conhecido, ainda que remotamente, pudesse se quer lembrar dela. Não se vai à Ucrânia por “bel prazer”. Há de se ter um assunto muito específico para ir até lá. E ela tinha, dois metros e cinco, olhos verdes e oitenta e poucos quilos de motivos.

Tanto rapaz aqui na vila e você escolhe logo um de tão longe, minha filha? – questionava a mãe com certa indignação. Ela pensou em clichês que margeavam: "o amor é cego. Quem ama o feio bonito lhe parece" e adjacências mas, preferiu o silêncio e a mala arrumada. Não se tira facilmente da cabeça de uma mulher apaixonada uma idéia fixa. Surtadas desse mal, elas vão de Várzea a Caicó a pé.

Eu sinceramente acho que você fez bem em se mandar. Depois, uma vez na Ucrânia, quem lhe dirá que seu namorado é um grosso, um pedreiro, ou coisa que o valha? Do que importam essas opiniões se você está feliz com ele? Você está feliz com ele? Ao menos lembro de você ter dito. Disse, não disse!? Bom, espero que esteja, ainda que não me tenha dito. Porquê para morar lá, naquele mundo frio e feio, você tem de estar incuravelmente apaixonada. Ainda que seja só até o mês que vem.

O Brasil não tem mais nada para te oferecer. Nosso presidente é uma piada socialista, o índice de criminalidade continua alto e nós, seus amigos e congêneres, não suportávamos mais você e sua postura irritante. Grana, carro, apartamento, celular, sua vida se resume a cifras. Parabéns! Conseguiste afastar todos que gostavam e/ou sentiam tesão por você.

Depois, com todo esse rancor que só eu sei nutrir, não sobrou espaço algum para as lembranças. Veja que sentimento nobre, o rancor. O ser humano é mesmo fantástico, não é? Me faça um favor, não gaste seu rico dinheirinho ganho com suor na recepção do hotel, com ligações via embratel. Temos passado bem sem elas, acredite. O erro maior, foi termos, em pleno domingo de chuva, ido até sua casa te visitar. Apesar de sabermos todos que você não merecia, fomos. Um erro viver de passado.





Inventado por: Henrique Neto às 13:52 | Link |

20041115



Fotinhas no flickr

Quem quiser ver fotinhas feitas por mim (ou quase sempre), clique aqui.

Agora, quem quiser uma ferramenta facinha de publicação de fotos na rede, eu recomendo o .

Try it!



Inventado por: Henrique Neto às 23:13 | Link |

20041114



Periplanetas Australasiaes


Acordo supondo que o sol já passa da hora sem sombra. Abro a persiana instintivamente e lá fora, o dia de céu claro é um convite a boa prática do esporte. A essa hora, o parque deve estar cheio de esportistas acidentais. Não sinto essas necessidades frívolas. Dormir é bom e faz bem (a mim, pelo menos).

De pinote corro para o banheiro para aliviar a bexiga. Tomo um banho calmo, volto para me vestir no quarto e eis que, reinando em berço esplêndido, vejo uma barata morta sobre a cama. Uma barata, jazendo onde eu dormia há poucos minutos. Sou tomado por um pensamento automático: 'nojo!'. Meu lado humano grita, mas a razão – sempre ela – me acode: 'aqui, no alto do décimo andar, não há sujeira que ela tenha desfrutado sem você'.

Uma barata para alterar a ordem do dia. Penso em tomar mais outro banho. Rio da idéia pueril e de impulso, pego o inseto para jogá-lo no lixo mas antes, a observo na palma de minha mão com ar de quem vence uma luta e penso: 'como um ser tão inferior pode sobreviver às catástrofes que nós, os semi-deuses, nem sequer pensamos suportar?'. Life is not fair!. Além de termos de dividir o mundo com toda a sorte de bichos asquerosos, ainda temos de nos resignar com a idéia de inferioridade perante eles, no caso de catástrofe promovida pelos senhores das guerras. Não é fácil ser um semi-deus nos dias de hoje. Toda uma linhagem nobre com séculos de fantásticas histórias, preterida pela subespécie. A mais rasteira classe de operários da escuridão.

Lavo as mãos pensando no livro não lido de Clarisse, na beleza extraída do asco e nos estados controlados da mente. Vacilo em ir ao computador escrever uma história super-fantástica envolvendo dramas emocionais, caos, sedentarismo e baratas, mas a homeóstase não colabora. Afinal, às três e meia da tarde, o dia apenas começou para mim.



Inventado por: Henrique Neto às 15:50 | Link |

20041109



O Amor Nos Tempos do Computador


Quanto tempo ainda?
objetividade num amor de papel
intenções na noite de terça
vacilos ao telefone

Até quando? – Ela pergunta decidida
conta dos sonhos repetidos
planos para o mês que entra
e a dúvida na carreira

Perdi o celular e a hora
ela vem à minha casa (vamos juntos ao mercado)
não preciso mais de motel
vejo seus olhos acesos no escuro do quarto

Assisto ela dormindo
planejo a prole em cinco
ouço suas promessas e paciente,
leio a bula do novo teste de farmácia




Inventado por: Henrique Neto às 23:28 | Link |

20041108




Muito Obrigado!



Acho que até agora não consegui concatenar tudo o que se passou no dia de ontem, a começar pelo fato de ter durado 320 horas ininterruptas. O fim-de-semana, para ser franco, foi bem atípico e talvez eu leve muito tempo até dissecar as lembranças que ele me proporcionou.

No sábado à noite teve churrasco e amigos organizando a festa de pré-aniversário. Foram horas de alegria e riso frouxo madrugada à dentro (nada mal para quem teve um dia e meio de cão, num treinamento corporativo carregado de culpas e pseudo-ameaças). O síndico da Aclimação bem que tentou, mas não conseguiu manter a ordem no alpendre.

Para situar, o dia ontem em São Paulo estava inóspito que só ele. Fazia frio, chovia e tinha uma cara que botava medo aos que se encorajavam em por o pé para fora. Com todos esse achaques climáticos, o povo compareceu em massa na minha festa. Irmã, sobrinhos, sobrinhos-netos, velhos amigos, amigos novos, sumidos e tanta gente boa, que fiquei realmente embasbacado. Não vou nem tentar esboçar o tamanho do meu orgulho...

Às 6 horas fomos tocados da Mercearia e sem nos dar por vencidos, em casa demos andamento à seção de boa conversa e bebida para celebrar o encontro. Teve de amigos tardios aos que passaram só para dar um abraço, e ainda outros mais motivados que vieram direto de um enterro. Essas ações não têm preço.

Recebi também mensagens pelo correio moderno, MSN, via Embratel e ao vivo, que me deixaram a alguns centímetros do chão.

Encerro por aqui essas palavras atropeladas, sem promessas de crônicas ou coisa que o valha, pois quando a carga de emoção supera, fica difícil extrair literatura. Tentarei, com nó na goela, dizer de maneira simples e sincera a cada um dos que lá estiveram ainda que em pensamento: meu muito obrigado!




Inventado por: Henrique Neto às 20:52 | Link |

20041103




Paquetá



Agora o sonho do verão é o mesmo, mas em bandos. Aviões cortam o céu como pássaros diáfanos. Sobram dias para entender essa parte nonsense de sua vida. Silvana vive tranqüila com seu namorado, cachorro e pai possessivo. Mês que vem se muda. Comprou um apartamento de três quartos no Jardim Botânico.

No trabalho, roteiros de novela que ninguém assiste, literatura oca e lembranças parciais do avô literato. Com clareza, lembra-se só do dia em que ganhou de suas mãos um livro embrulhado em papel marchê.

Da temporada em Belô, tem saudades da Savassi e das farras imemoráveis madruga à dentro. – Um escândalo para a família mineira! – disse a avó. Largou os amigos e voltou para o Rio, a cidade onde todos um dia morarão. Exceto Péricles com sua burrice juvenil. Péricles e sua família excessivamente mineira. Péricles o frouxo.

Começou a pintar uns lances de produção de documentários. Ia rodar um em Baía Formosa. O namorado não quer deixá-la ir e resolveu acompanhar. Acompanhada ela desiste. Bateu a insegurança – nele –, cansou da possessividade do rapaz – ela. Pediu ela em casamento e foram passar lua-de-mel em Paquetá. Sem desconfiar, voltou grávida dando início à prole de cinco filhos que terão, e uma vida de dona-de-casa que ela, nem em seu sonho mais 'seção da tarde', jamais sonhou ter.



Inventado por: Henrique Neto às 20:55 | Link |





































blogchalk: Henrique /Male/26-30. Lives in Brazil/Sao Paulo and speaks Portuguese. Spends 70% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection.


































































Tá procurando o quê aqui embaixo???
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