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20040712



Emplastro Sabiá


Quando ia os dezesseis, farto do nada-fazer na minha querida 'Espito Santo' (e só quem tem intimidade pronuncia assim seu nome) ingressei num grupo de teatro de rua. Era brincadeira divertida e cheia de novidades que aguçavam as idéias. O professor vindo da capital, já tinha rodado meio mundo apresentando suas peças de teatro de roda.

Com empenho de todos do grupo e apoio da prefeitura, montamos uma peça educativa nada chatinha sobre saúde bucal. A mulher do diretor do grupo fabricou os adereços e as fantasias que usaríamos – aliás primorosas, nós compusemos as músicas, ensaiamos com afinco e cá de minha modéstia, posso afirmar que fiz a cárie mais convincente da história da dramaturgia universal, até porquê além de mim, duvido que alguém em sã consciência tenha se prestado ao vexame de protagonizar uma cárie.

Chegou a grande noite. Fantasiados e cantarolando as músicas de entrada, saímos pelas ruas chamando o povo para assistir a tal marmota. Num ponto alto da trama, eu, a cárie personificada, erguia nos braços um dente branco de fazer raiva. Dentes, como sabemos, além de alvos também são gordinhos (lembre de um molar) e essa atriz-dente por mim erguida não era diferente.

Consegui com certo esforço terminar a encenação sem fazer feio, mas no dia seguinte...


O dia seguinte

Acordei com uma terrível distensão muscular no peito que somente após muita elucubração e hipóteses levantadas em vão pelos parentes mais próximos, descobriu-se tratar de um clássico caso 'de peito aberto'.

Eu, cara dona de casa, estava 'de peito aberto' e achava isso lindo, apesar da dor. Estar 'de peito aberto' tinha um tom lírico, um quê de 'unfinished sadness' sertanejo e uma dor fina que latejava até com o simples ato de respirar.

No início desse ano, de férias na 'terra santa', uma amiga se lembrou dessa passagem e revelou que em sua meninice, a cada vez que ouvia meu nome, lembrava que eu sofria 'de peito aberto'.

Peito aberto tratado com emplastro Sabiá, um caso de poesia pronta.



Inventado por: Henrique Neto às 23:15 | Link |





































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