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20050226



O inferno nosso de cada dia


Como quem vê fotografia ampliada e nota falhas, é assim que me vejo. Uma fotografia ampliada. Mas, antes que eu sofra de digressões, deixa eu dizer a que vim.

Vim dizer de mim, quem sou, do que não gosto, me fotografar em palavras, mas sem ampliações. Quem sabe até, deixar mais calmo os que divagam sobre quem se esconde atrás desse ensolarado template (lay out, em português) cheio de sub-idéias.

De sub-idéias. Isso define muito a mim, o pai dessas parcas linhas (cá estou eu digredindo de novo... Vamos a mim, que das coisas já disse demais).

Disse demais para ocupar de silêncios o espaço, para não deixar tempo para mim mesmo. Mas não hoje. Hoje eu sou.

Eu sou tranquilo por natureza, nunca saí na mão com ninguém. Adoro conversar, tomar café, usar cuecas samba-canção, beijar na boca, fazer sexo (tal como pizza, mesmo sexo ruim ainda é bom), usar roupa descolada, não gosto de gente burra, preguiçosa; faço a barba com navalha e espuma (não abro mão desse luxo), uso o mesmo perfume há anos, não sou chegado a academias e esportes nos seus mais variados sabores, leio muito, gosto de dormir muito, sou fã de Nelson Rodrigues, Elis Regina, Billie Holiday, adoro novidades, fotografia, papo de boteco, cinema latino, Almodóvar, dançar forró, andar de bicicleta, receber visitas, conversar com meus amigos, conhecer gente nova, ajudar aos outros, beber para descontrair, fumar de quando em vez, ler entrevistas e revistas em geral, tecnologias. Acho o máximo ser nordestino, ir à praia, escrever e descobrir a cada dia que amo minha família – do jeitinho que ela é – e seus deliciosos defeitos.

Defeitos tenho muitos, não os renego, mas também não os alardeio em praça pública. Acho o máximo ser eu mesmo e odeio ser eu mesmo. Isso depende do dia, da pressão, da umidade do ar, dos níveis de adrenalina e da benção de Mãe Menininha do Gantois.

Mas com tudo isso, de todas as coisas que já tive e tenho ou nunca terei, o que mais me faz falta é não ter você aqui.



Inventado por: Henrique Neto às 22:09 | Link |

20050221



Viver de amor e suas ausências

Não foi você quem mudou, não. Eu é quem passei a ser um otário. Sério. Você nunca me pediu confetes e no entanto, era eu quem patrocinava o carnaval. Eu.

Clara era a mulher que me amava. Passava noites em claro a me esperar, cheirava minha roupa a procura de amores furtivos, me banhava ao chegar do trabalho e segurava minha testa toda vez em que eu passava mal (e eu sempre passava mal quando bebia). Ela era o astro regulador do meu ser. Clara. Simples e gostosa como seu nome.

Eu, um cabra cheio das não confissões, a espantei de minha vida. Dia após dia desenvolvi em Clara a repulsa que ela hoje nutre por mim. Só um ser abjeto, como eu, fez o que fiz àquela mulher. Clara nada exigia de mim, apesar de mim mesmo, nunca me fez fazer promessas de amores eternos, família numerosa ou planta de casa na praia. Displicente, deixei ir a menina de minhas sestas.

Um homem tolo e insensível, como somos todos, nunca se dá conta (realmente) da mulher que tem ao seu lado. Incrível essa capacidade de afugentar as que realmente valem a pena. E são poucas as representantes dessa espécie, acredite. Mulher que lhe acompanhará pela vida toda, não se acha nos shoppings ou numa balada qualquer.

Disse isso tudo – de maneira mais compassada e com menos digressões – no dia em que liguei em sua casa e a secretária eletrônica atendeu. Ocupei todo o espaço da fita só para revelar que sofro com sua ausência. Se ela quisesse, disse, faria confissão espontânea, publicaria notas em jornais, picharia muros ou qualquer outro papelão ridículo alardeando meu sentir, só para tê-la de volta.

Mas quem disse que as pessoas, tal como eu, vivem de querer de volta o passado?



Inventado por: Henrique Neto às 22:07 | Link |

20050219


Pra fugir da saudade
(Elton Medeiros – Paulinho da Viola)

Saudade
Você fez da minha vida
Uma rua sem saída
Por onde andou minha solidão
E hoje
Quando tudo é esquecimento
Uma flor sobrevive ao tempo
E se desfolha em meu coração
Para aliviar o meu sofrimento

Rompe em silêncio meu canto de felicidade
Dentro de um samba eu desfaço o que ela me fez
Quero abrigar, no entanto
Mais uma flor que renasce
Para fugir da saudade e sorrir outra vez



Inventado por: Henrique Neto às 19:42 | Link |

20050217



Modernices


Dança agora ao som do pancadão.

O hit desse verão?

O Rap do Bolete.

Ela grita frenética nos bailes dos morros, se esfregando em todos os negões das mais variadas cores. Personagem de si, diria Carlos, o noivo largado no altar.

– Não há humilhação maior para um homem, viu. – Repetia aos mais íntimos.

– Por que acabaram um noivado tão bonito? – Pergutam-se todos. Antônia nada conta, nem mesmo para a mãe.

Antônia agora vive de amores furtivos, desses que não duram até o amanhecer. Suas amigas são todas modernas, leitoras do blog da Clarah, frequentadoras das festas na Fundição Progreso, e aos sábados vão ao Circo curtir os amigos literatos. Uma obviedade sem fim. Mas ela prefere isso a seu romance 'totalmente classe média', como ela mesma intitula. É verdade. Antônia ainda fica vesga quando fala de Carlos, mas as amigas para não deixá-la 'na deprê', muda o papo dizendo que logo ela encontrará um 'bofe'.

A mãe desconfia de suas amiguinhas: – umas pastilhadas metidas a cabras vadias. – Ainda não desistiu de fazer a filhar reatar o noivado. Ariela finge ignorar os excentricismos da irmã.

Ela badala e bebe e tagarela e anda e beija e se pergunta a todo instante se fez a coisa certa. Largar noivo no altar fica bem nas crônicas de Nelson, não na vida cotidiana. Está confusa. Pensou em extremismos, excessos, na casa recém construída, no enxoval todo pronto, no vestido lindo que usaria, mas hoje à noite vai à feira de São Cristovão com as amigas pseudo-glams.

Carlos, rapaz direito, continua tocando sua vida-seção-da-tarde. Madruga, abre a floricultura, bebe doses cavalares de café e pensa em achar outra moça direita para casar. Quer saber a real? Seria capaz de pedir perdão pela terceira vez. Não se incomodaria em ser tachado de tolo. De tudo faria para ter sua Antônia de volta. Tudo mesmo. Desde que ela arrancasse da memória, a cena da qual só eles três sabem e jamais confessam.

Carlos e Ariela, travados no quarto de ferramentas do sítio.

Não. Antônia não é tão moderna assim.

...

A letra do rap, o que diz?

Quer bolete? Quer? Quer mandioca?
Tá duro o ossso? To, to, toma, toma, toma...



Inventado por: Henrique Neto às 21:39 | Link |

20050210





Da série 'Textículos':
Dos que usam o suicídio como escapísmo e outros parangolés de gente rica.

– E tu. Quando pararás de usar o suicídio como fuga? – Perguntou Teresa enquanto escolhia tomates na feira.





Inventado por: Henrique Neto às 23:56 | Link |





































blogchalk: Henrique /Male/26-30. Lives in Brazil/Sao Paulo and speaks Portuguese. Spends 70% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection.


































































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