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20050923





Do cheiro que cada lugar tem


Sentiu sua falta logo que entrou em casa. O calor da sua presença, as coisas deixadas como da última vez e seu inconfundível cheiro, estava em toda parte. Se deu conta que nunca mais a veria.

Ficou exausto com a idéia. Terrivelmente exausto.

***

A perfeição (ou quase) figura nas histórias com a frase "um belo dia".

***

Um belo dia, quando tudo parecia feliz e completo, quando a conversa entre eles já era fluída e sem disputas, ficou muito satisfeito ao perceber que ela operava na mesma freqüência. Agora, depois de sua partida sem despedidas, sem ao menos levar seus pertences, ele se sentia um derrotista. Fracasso.

***

O problema das pessoas deixarem de fazer parte de nossa vida, é que ficamos divididos entre o sentimento de 'perda' – como se a pessoa em questão fosse um objeto, ou coisa qualquer que figura em nosso imposto de renda – e a saudade propriamente dita. Saudade é o termo exato, posto que 'falta' cai na ingrata ciranda das coisas um dia possuídas e ora perdidas.

Percorrem esse mesmo caminho os questionamentos que vêm a posteriori.

***

Fato é que agora, eles não mais poderão ter suas longas conversas sobre... Bom, isso era algo muito deles. Não nos cabe entrar no denso território das intimidades alheias. Voltemos à cena da casa, pois.

***

Quando se adentra em um ambiente, a partir da perspectiva em que as vemos, as paredes convergem em nossa direção como se dissessem: "cá estamos para lhe dar guarida". As paredes são, portanto, seres – não humanos – e como tal, respiram. Nós sentimos essa 'respiração' e ela pode, inclusive, ser medida em ondas de vibração [discorreremos melhor sobre o tema em uma crônica mais adequada].

***

No dia em que voltou a casa, sentiu que as paredes respiravam numa cadência diferente. À sua frente, intermináveis cortinas sobrepostas o obrigavam a tatear enquanto caminhava. Não era mais sua aquela casa, nunca mais poderia gritar da porta da sala: "cheguei, você está onde?". Havia de sair de lá. Fato.

Saiu, mudou de cidade, deixou a família para trás e foi viver longe. Esqueceu-se, contudo, que quando a gente viaja, se muda ou se converte para alguma comunidade sectária, junto das roupas e pertences, vem acomodada num canto de mala a saudade, a tristeza e todas as coisas intangíveis das quais tentamos nos apartar.

Isso aconteceu. Foi perceber anos depois.

***

Hoje explora tecnologias para depois desdenhá-las.

***

Manda a regra que o final de uma história deve ter um desfecho feliz, ou minimante surpreendente. Isso agrada aos leitores.

***

Essa história está longe de terminar.





Inventado por: Henrique Neto às 10:22 | Link |





































blogchalk: Henrique /Male/26-30. Lives in Brazil/Sao Paulo and speaks Portuguese. Spends 70% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection.


































































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