Deletérios
Dá até vontade de acreditar, Pássaro Noturno os dias correm e suas mentiras parecem fazer sentido são peças prêt-à-porter para sua coleção de aparências semi-verdades cultivadas com o frescor de suas dissimulações
Pássaro Noturno, descobri que seu egoísmo adoece deixei de desejar seus deletérios e conveniências enquanto ainda dá de repente o tempo virou e minha casa ficou mais interessante Gil avisou, é tempo de ir à feira (à minha feira) trazer só alimento esperto para gente descolada que entende e saca a cena toda
monólogos domínio da boca de cena veleidades sutis e outras mungangas com ‘objetivos de’ não fazem minha cabeça – a lucidez, ainda que tardia – sou mais é o sol e riso frouxo jogar frescobol, passar domingos manhosos, dormir do meu jeito, entorpecer idéias, travar o cérebro quando quiser, sem que isso represente o aperreio de pensar no outro e seu inferno e céu
Escute aqui, Pássaro Noturno, conversaremos sobre (um dia) e aí me esforçarei bravamente para mentir você perceberá e de olhos sob pressão, te direi sem arrodeios do tempo que sofri pensando no que de fato nem chegou a ser mas que dá até vontade de acreditar
Inventado por: Henrique Neto às 11:48 | Link |
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