Oração dos sem fé
Deus dos que ainda crêem fazeis com que minhas desesperanças não me consumam de todo Não permitais que o rancor esse azedume que aninho como a um filho, seja maior que meu perdão
Trazeis de volta a serenidade das tardes em Cabo Frio dos longos passeios desapressados a beira mar da certeza que, acabado o carnaval, tudo mais se ajeitará – apesar de mim.
Permitais que eu continue acreditando nas benesses do acaso. Dai-me calma para zelar pela mulher amada, a doce morena que me ama e me quer tanto bem, e fazeis com que dela eu cuide tal como um dedicado jardineiro
Valei-me, deus dos outros, por que de incertezas também se morre. Não fazeis de minha existência janela e delícia da audiência
Deixeis, senhor das virtudes, que eu tão cheio de fraquezas e imperfeições atravesse tempestades com meu barco e mesmo sem ter feito por onde merecer regresse seguro à praia.
Inventado por: Henrique Neto às 12:15 | Link |
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