'A zelite' praieira

Puladas as sete ondinhas de esperanças chega o verão, e com ele chega também a hora de botar em marcha a lista de resoluções feita no ano que se findou. São regimes, academias, caminhadas vespertinas e tantas tarefas que o ano fica curto.

Aqui em São Paulo de Piratininga, enquanto a turma do escritório passa o dia esperando o fim de expediente chegar (abençoado seja o garçom e seu 'chops' gelado!), se reclama do peso do Brasil nas costas, dos baianos que já estão em plena festividade pré-carnavalesca, do resto do país que só pensa em sol, praia, cerveja e outras frivolidades.

É hora de ir para o litoral pegar um bronze, curtir um engarrafamentozinho na descida pro Guarujá. 'Paulista safo não fica marcando bobeira de frente à TV, mano!'. E quem aqui se importa com as balas perdidas ou encontradas da cidade maravilhosa? 'O Rio não tem mais jeito!', sentenciou a hippie-chique da Vila Madá. 'Aqui a gente bota a Rota na rua'. Ai meu Deus que saudade do Maluf!

A balzaca da corretora foi para Porto Seguro num pacote da CVC. 'O Norte é lindo!', diz saudosa às amigas do escritório enquanto distribui fitinha do Senhor do Bonfim. Há ainda as raparigas em flor e seus amores de verão, sem querer subir a serra. Ah, as meninas praieiras.

Então meu caro Pedo Bó, já que você faz parte 'da zelite', aproveite para tirar a poeira da bicicleta, compre um novo par de havaianas, passe protetor no couro e vá à luta, porque se perder esse veraozão que chega manhoso, só no ano que vem. Isso se você ainda fizer parte desse seleto grupo, cantando em prosa e verso pelo nosso querido presidente.