O fim da dupla Sandy&Júnior, ou de como a vida não é nada fácil

Qual será o futuro da humanidade depois da dupla Sandy&Júnior ter declarado o seu fim? Ou seria essa pergunta uma contradição em si, já que Sandy&Júnior é uma entidade única e indivisível e, portanto, se não há a dupla não há futuro?

Contardo Caligaris que me socorra.

Sei que para além dessas questões metafísicas o fato é: depois da separação de Sandy&Júnior, do lançamento do mais novo DVD da Banda Calypso (ao vivo) e do aniversário de cem anos de Dercy Gonçalves, tem algo de muito estranho no reino das terras Brasilis. E pelo andar da carruagem só eu não estou sabendo interpretar os sinais.

Estou perdido tentando encontrar uma pista qualquer que me guie nessa jornada errante que será minha vida após tão triste notícia. Procuro, procuro e nada. Uma vaia no presidente aqui, uma Playboy de Mônica Veloso ali, meu cortador de unhas que cegou, uma barriga indecente que já de longe me acena e nada mais. Estou sem norte.

Pensei até que A verdade podia estar escondida numa dessas igrejas pentecostais, mas não estou bem certo disso, especialmente depois de um obreiro pedir para eu deixar adiantado um cheque de cinqüenta Reais como prova das minhas 'verdadeiras' intenções para com o Senhor. Se até Ele, o filho dO homem, anda exigindo cheque-calção tal como clubes de campo, confeiteiras, marceneiros e locadoras de automóveis é porque de fato a coisa está mais feia do que eu desconfiava.

Depois do triste fim de Sandy&Júnior, o último bastião da castidade e do bom-mocismo, de onde tiraremos inspiração para freqüentar as missas dominicais? E o inconveniente que vai ser daqui pra frente ao ver um dos dois passando pela rua (sozinho, claro!), não poder mais dizer: 'olha quem vai ali. Sandy&Júnior!'.

Vai ser uma chatice!

Esse mundo é muito cruel mesmo. Não vou me admirar nada se no mês que vem a Banda Calypso também lançar o seu Acústico MTV.